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Filha de Dom Pedro II ainda é alvo de debate e pesquisa entre historiadores
Um dos nomes mais marcantes da história brasileira teve uma vida simples. Princesa Isabel, fruto do casamento de Dom Pedro II, último imperador do Brasil, e Teresa Cristina, foi uma mulher marcada por fatos curiosos em sua vida pública e íntima.
Eternizada nos livros de História por ter assinado a Lei Áurea, Isabel ainda é alvo de debate e pesquisa entre historiadores do Brasil.
Isabel, ao contrário do que muitos ignoram, viveu outros momentos além da da Lei Áurea. Diante da ausência de Pedro II em 1871, ela assinou a Lei do Ventre Livre e entre 1876/77 encarou a seca que marcou a história do Brasil.
“Estamos falando de uma época em que a mulher estava reservada lá para sua condição de vida doméstica. Isso já começa lá no Império mesmo. A classe política reconhecia a dona Isabel como a herdeira. Mas o fato deles serem por ela chefiados era, no mínimo, inquietante. Eles não conseguiam entender isso, em um momento em que a mulher não tinha direito ao voto ou possibilidade de exercer cargo público”, disse a pesquisadora Maria de Fátima Argon, uma das autoras de Alegrias e tristezas: estudos sobre a autobiografia de D.Isabel do Brasil, em entrevista à Agência Brasil em 2021.
Diante de uma vida marcado por momentos significativos, o site Aventuras na História separou 5 particularidades sobre a vida de Isabel.
Em entrevista ao O Globo, no ano de 2021, a historiadora Mary Del Priore, que já escreveu importantes obras sobre o Brasil Império, relembrou a amizade da filha do imperador com André Rebouças, que fez um curioso registro em seu diário a respeito da visão da princesa em relação a abolição da escravatura.
Ressaltando que o papel de Isabel no processo de abolição foi 'muito pequeno', Priore diz que o registro presente no diário do engenheiro, de 1888, é o primeiro 'gesto (de Isabel) em favor da abolição'.
"Ou seja, podemos dizer que ela se torna abolicionista apenas três meses antes de 13 de maio. Em Petrópolis ela a a fazer atividades filantrópicas, oferece chás e almoços para escravos fugidos", disse a historiadora ao veículo.
Uma carta escrita por Isabel após a da Lei Áurea, relembrada pela Agência Brasil em 2021, mostra a alegria de Isabel e o alívio diante do episódio marcado na história do Brasil.
“Foi com o coração mais alliviado que perto de uma hora da tarde partimos para o Rio a fim de eu assignar a grande lei, cuja maior gloria cabe a Papae que há tantos annos esforça-se para um tal fim. Eu também fiz alguma cousa e confesso que estou bem contente de também ter trabalhado para idéa tão humanitaria e grandiosa”, escreveu ela.
Como relembramos no começo da reportagem, a princesa Isabel encarou momentos marcantes diante da ausência do pai, contudo, a historiadora enfatizou na entrevista que quem assumia essas questões era o Conde d’Eu, marido da princesa.
"E ela assinava os papeis. Nunca foi envolvida com política. Tanto é que não tinha menor ideia no golpe republicano", explica Mary.
Assim, a historiadora relembra que Isabel viveu numa 'bolha', marcada pela dedicação aos filhos.
"Vivia isolada numa bolha preparando os filhos para a primeira comunhão, preocupada com a alfabetização de um deles que tinha um problema no braço, gostava de fazer sorvete... Era uma vida de dona de casa", explica.
Diante do que é apresentado pela historiadora, não é de se espantar o fato de que Isabel não foi uma mulher que viveu com extravagâncias e valorizava a filantropia e caridade.
"A princesa sempre foi uma mulher de amigas, de fazer filantropia e caridade", disse Mary ao veículo. "Não era de fazer grandes bailes, mas tinha uma vida de muita caridade e voltada para a família. E seguiu assim até sua morte, em 1921".
Após a queda da monarquia, a família imperial foi banida do Brasil. Com a ascensão da República, Dom Pedro II e seus familiares foram para a Europa e tiveram destinos diferentes.
Neste período, como relembrou a historiadora, a princesa vivenciou a morte da mãe, em Portugal, e o óbito do pai, na França. Morando na Normandia, sem muito dinheiro, a princesa e seu companheiro também encararam a morte de dois filhos.
"A princesa e o conde chegam sem muitos recursos e quando o sogro falece eles recebem um dinheiro que usam para comprar um castelo na Normandia, onde moraram até o fim da vida", diz Mary.
A saga de Dom Pedro I, avô da Princesa Isabel, após deixar para trás o trono do Brasil é relembrada num episódio do podcast 'Desventuras na História'.
Com narração de Vítor Soares, professor de História e idealizador do podcast 'História em Meia Hora', o episódio relembra os momentos que marcaram essa fase da vida do imperador.
Confira abaixo!