As autoridades do Peru suspenderam as buscas por Edson Vandeira, montanhista brasileiro desaparecido há 11 dias na Cordilheira Branca
Redação Publicado em 12/06/2025, às 12h00
As autoridades do Peru suspenderam, nesta quarta-feira, 11, as buscas por Edson Vandeira, montanhista brasileiro desaparecido há 11 dias na Cordilheira Branca. Ele participava de uma expedição ao Nevado Artesonraju, de 6.025 metros, junto dos peruanos Homer Efraín Pretel Alonzo, de 34 anos, e Jesús Manuel Picón Huerta, de 31.
O grupo não retornou conforme o previsto, em 1º de junho, e está sem contato com as famílias desde o dia 29 de maio, quando iniciou a escalada. O anúncio do fim da operação foi feito no mesmo dia em que a família de Edson enviou uma carta aberta ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil pedindo ajuda oficial.
No documento, assinado por representantes de 18 entidades de montanhismo, os familiares solicitaram que o governo brasileiro trate o caso como prioridade, envie recursos para apoiar as buscas e pressione diplomaticamente o governo peruano.
A decisão de suspender os trabalhos foi tomada após uma reunião entre a Associação de Guias de Montanha do Peru (AGMP), a polícia e a Força Aérea Peruana (FAP). Segundo os envolvidos, o terreno de difícil o, as condições climáticas adversas e o tempo decorrido inviabilizam a continuidade das ações de resgate.
As atividades devem ser retomadas "em aproximadamente 20 dias, assim que as condições climáticas permitirem a continuidade dos trabalhos". A associação ainda reafirmou seu compromisso com o resgate, "agindo com a preparação e a solidariedade que esta situação exige".
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Edson, Homer e Jesús eram estudantes do Centro de Estudos de Alta Montanha (CEAM) e faziam curso de aspirante a guia da Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha. A meta da expedição era concluir uma rota técnica até o cume do Artesonraju, montanha localizada dentro do Parque Nacional Huascarán, repercute O Globo.
Evidências sugerem que os três conseguiram alcançar o topo. Colegas de montanhismo relataram ter visto luzes se movimentando na crista da montanha durante a madrugada de 30 de maio, o que indicaria que o trio iniciou a descida. Acredita-se que tenham enfrentado dificuldades nesse trecho, já que o retorno exige quatro rapeis técnicos.
Até agora, apenas a barraca usada pelo grupo foi localizada, vazia, segundo informou a Polícia de Alta Montanha. As buscas mobilizaram drones e equipes experientes, mas não tiveram sucesso.
