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'Maior especialista em arte do século 18' é condenado por esquema de fraude

O francês Bill Pallot, de 61 anos, foi condenado por liderar uma fraude milionária que enganou colecionadores de elite e até o Palácio de Versalhes

Redação Publicado em 11/06/2025, às 14h20

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Bill Pallot - Getty Images
Bill Pallot - Getty Images

Considerado o "maior especialista mundial em mobiliário real do século 18", o francês Bill Pallot, de 61 anos, foi condenado por liderar uma fraude milionária que enganou colecionadores de elite e até o Palácio de Versalhes. 

Pallot recebeu uma pena de quatro anos de prisão com suspensão condicional, além de uma multa de € 200 mil (cerca de R$ 1,2 milhão). Ele já havia cumprido quatro meses de detenção preventiva, informou o jornal britânico The Guardian.

Entre 2008 e 2015, comandou um esquema em que cadeiras supostamente do século 18 eram vendidas como peças autênticas que teriam pertencido a figuras históricas como Maria Antonieta. Para aumentar a credibilidade, as falsificações foram produzidas com madeira de cadeiras antigas, o que enganava testes de datação. 

As réplicas foram esculpidas por Bruno Desnoues, restaurador consagrado que já havia trabalhado para o próprio Château de Versailles. Ele também foi condenado: três anos de prisão com pena suspensa, multa de € 100 mil (R$ 635 mil) e quatro meses já cumpridos em prisão preventiva.

Golpes

As cadeiras falsas circularam por algumas das mais prestigiadas galerias e casas de leilão de Paris, sendo vendidas por centenas de milhares de euros a colecionadores ricos, incluindo o príncipe Abdullah bin Khalifa al-Thani, do Catar.

O Palácio de Versalhes, símbolo máximo do patrimônio francês, desembolsou mais de €1,5 milhão (R$ 9,5 milhões) por seis dessas peças, convencido de que eram originais. Estima-se que a fraude tenha causado um prejuízo de € 4,5 milhões (R$ 28,5 milhões).

O golpe começou como uma aposta entre Pallot e Desnoues, que queriam testar se o mercado de arte seria capaz de identificar as cópias. “Dissemos que faríamos isso como um jogo, para ver se o mercado de arte perceberia ou não”, disse Bill durante o julgamento.

Segundo o The Guardian, as suspeitas surgiram em 2014, quando o fisco francês identificou movimentações financeiras e aquisições de imóveis incompatíveis com a renda de um casal que vivia nos arredores de Paris. A investigação por lavagem de dinheiro levou à descoberta do esquema, que ficou conhecido como o “escândalo das cadeiras falsas”. A apuração se estendeu por nove anos.

Durante o processo, especialistas apontaram que os sinais de falsificação eram evidentes: as cadeiras não apresentavam o desgaste natural do tempo, como a retração da madeira. Ao fim do julgamento, Pallot reconheceu: “Dizem que não existe crime perfeito. Cópia perfeita também não. Poderíamos ter feito melhor. Não somos bons falsificadores. A madeira não retraiu”.