Santa Teresa de Ávila foi uma freira carmelita espanhola, mística e reformadora da ordem, considerada uma das maiores figuras do cristianismo
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 12/05/2025, às 18h20
O corpo de Santa Teresa de Jesus — mais conhecida como Santa Teresa de Ávila — foi exposto ao público na Espanha pela primeira vez desde 1914. A exibição aconteceu na Basílica da Anunciação de Nossa Senhora do Carmo, em Alba de Tormes, Salamanca, e atraiu multidões de fiéis impressionados com o estado de conservação dos restos mortais da santa, falecida há 440 anos, em 1582.
A abertura do túmulo ocorreu em 28 de agosto do ano ado, sob a supervisão do padre Marco Chiesa, postulador geral da Ordem do Carmelo, e especialistas da Diocese de Ávila.
Conforme Chiesa afirmou ao Daily Mail, o corpo permanece surpreendentemente preservado, com o rosto “quase claramente visível” e membros considerados “incorruptos” — termo usado pela tradição católica para descrever corpos de santos que não se deterioraram após a morte.
Os restos mortais foram colocados em um caixão de prata envolto em mármore. A equipe médica que acompanhou o processo comparou as condições atuais com fotografias feitas em 1914, embora a análise tenha sido dificultada pela baixa qualidade e ausência de cor nas imagens da época.
A pele está mumificada, não tem cor, mas é visível, especialmente no centro do rosto. Os médicos conseguiram observar com nitidez o semblante de Teresa”, explicou Chiesa ao jornal.
A notícia foi compartilhada nas redes sociais por autoridades eclesiásticas, gerando comoção entre católicos. Muitos fiéis interpretaram a preservação do corpo como sinal de milagre. “Aguardem os milagres de Deus”, comentou um dos seguidores.
Santa Teresa de Ávila foi uma freira carmelita espanhola, mística e reformadora da ordem, considerada uma das maiores figuras do cristianismo. Em 1970, tornou-se a primeira mulher a receber o título de Doutora da Igreja, reconhecimento concedido a santos cuja obra teve impacto doutrinário significativo.
Canonizada em 1622, é padroeira dos doentes, órfãos, rendeiras, jogadores de xadrez, pessoas em ordens religiosas e dos que são ridicularizados por sua piedade. A exposição de seus restos mortais reacende o interesse por sua vida e legado espiritual, especialmente entre devotos do Carmelo e estudiosos da espiritualidade cristã.
