{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/brasileiro-reconstroi-rosto-de-pessoa-com-microcefalia-partir-de-cranio-centenario.phtml" }, "headline": "Brasileiro reconstrói rosto de pessoa com microcefalia a partir de crânio centenário", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/brasileiro-reconstroi-rosto-de-pessoa-com-microcefalia-partir-de-cranio-centenario.phtml", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fs%2F2025%2F06%2Fah-padrao-50.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2025-06-10T14:00:00-03:00", "datePublished": "2025-06-10T14:00:00-03:00", "dateModified": "2025-06-10T14:00:00-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "Luiza Lopes" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/static/logo/ah.svg", "width":"120", "height":"60" } }, "articleSection": "Not\u00edcias", "description": "Designer brasileiro Cicero Moraes liderou reconstrução do rosto de um indivíduo com microcefalia, a partir de um crânio centenário pertencente ao MUHM" }
Designer brasileiro Cicero Moraes liderou reconstrução do rosto de um indivíduo com microcefalia, a partir de um crânio centenário pertencente ao MUHM
O Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM), em Porto Alegre, apresentou ao público uma iniciativa inédita: a reconstrução facial forense de um indivíduo com microcefalia a partir de um crânio centenário de sua coleção.
Segundo comunicado divulgado, a peça, conhecida como "Darcy", foi analisada por uma equipe internacional liderada pelo designer brasileiro Cicero Moraes, referência mundial em reconstruções faciais.
Registrado como MUHM1752, o crânio foi doado ao museu nos anos 2000 por Olga Schlatter e pertenceu ao médico Gabriel Schlatter, que atuou no interior do estado no final do século 19 e início do 20.
Utilizado para fins didáticos, o crânio intrigava especialistas pela circunferência atipicamente reduzida, levantando a hipótese de microcefalia — condição que compromete o desenvolvimento do cérebro.
Para confirmar o diagnóstico e possibilitar a reconstrução do rosto, os pesquisadores aplicaram técnicas de fotogrametria e softwares de código aberto. Um dos principais avanços do projeto foi a adoção de um método de "tripla medição", que cruza dados da circunferência craniana com os arcos sagital e coronal.
A técnica permite estimar com mais precisão o volume interno do crânio, elemento crucial para diagnosticar microcefalia em adultos. Validado por tomografias, o método representa uma alternativa ível e menos invasiva para a prática médica.
Além de contribuir com a ciência, a iniciativa devolve um rosto a Darcy. A imagem, agora em exibição no museu, convida o público a refletir sobre a diversidade e as limitações impostas por condições neurológicas como a microcefalia.
“Analisar e reconstruir o rosto de Darcy foi um desafio técnico e uma oportunidade única de honrar um indivíduo cuja história anatômica continua a inspirar gerações de médicos”, afirma Moraes no comunicado.
O estudo que embasou a reconstrução está em fase de revisão por pares e deve ser publicado em revista científica. A equipe envolveu pesquisadores da Malásia, República Tcheca, Austrália e Polônia.