Tragédia do submersível Titan, tema de documentário que chega à Netflix nesta quarta-feira, 11, chocou o mundo há dois anos; relembre!
O documentário "Titan: o desastre da OceanGate", que aborda sobre a tragédia que chocou o mundo em junho de 2023, tem estreia na Netflix nesta quarta-feira, 11.
Dirigida por Mark Monroe, a produção promete revelar detalhes inéditos sobre o caso, tratando acerca das circunstâncias que levaram ao acidente fatal e das investigações que viriam a seguir. Com depoimentos exclusivos e imagens inéditas, o documentário questiona as decisões da empresa responsável pelo Titan.
O submersível turístico, controlado remotamente pela OceanGate, levava cinco pessoas a bordo em uma expedição até os destroços do Titanic, a cerca de 3.800 metros de profundidade. No entanto, no dia 18 de junho, a embarcação desapareceu do radar, dando início a uma intensa operação de busca.
Os esforços foram muitos, mas a descoberta dos destroços, dias depois, confirmou o pior: o submersível, que não atendia aos padrões de segurança exigidos para grandes profundidades, havia sofrido uma implosão. A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou que havia localizado os destroços na mesma região do Oceano Atlântico onde se encontram os restos do Titanic.
Em coletiva de imprensa, o comandante John Mauger declarou que os destroços encontrados eram "consistentes com uma perda catastrófica da câmara de pressão". As famílias dos tripulantes foram então notificadas sobre as mortes.
Entre os tripulantes estavam o bilionário britânico Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, além do fundador da OceanGate, Stockton Rush e o ex-comandante da Marinha sa e renomado oceanógrafo Paul-Henry Nargeolet. As informações são da Carta Capital.
Stockton Rush, vale destacar, era conhecido por seu entusiasmo por aventuras e seu fascínio pelos oceanos. À frente da OceanGate, perseguiu seu sonho de explorar as profundezas marinhas, mesmo contrariando normas de segurança.
Shahzada Dawood era vice-presidente da Engro Corporation, uma das maiores multinacionais do Paquistão, com investimentos em fertilizantes, veículos e tecnologia. Ele morava no Reino Unido com a esposa e os filhos, e a viagem foi planejada em conjunto com Suleman.
Paul-Henry Nargeolet, considerado o maior especialista no naufrágio do Titanic, era um mergulhador experiente e dedicava-se a estudar a embarcação há décadas. Após a tragédia, sua filha, Sidoni Nargeolet, declarou à imprensa que sentia paz ao saber que ele descansava no lugar que mais amava.
Já Hamish Harding, também um aventureiro veterano, presidia a empresa de aviação Action Aviation. Ele era piloto, já havia visitado o Polo Sul diversas vezes e, em 2022, viajou ao espaço com a Blue Origin. Mergulhador experiente, Harding detinha três recordes do Guinness, incluindo o de maior tempo em profundidade total no oceano.
Em uma entrevista concedida à CNN em 2022, Rush chegou a declarar que "segurança, a partir de certo ponto, é apenas desperdício" e que "se você quer estar totalmente seguro, então nem deveria sair da cama".
Além disso, ex-funcionários da OceanGate alegaram que a empresa ignorava normas básicas de segurança e não era transparente sobre o roteiro das viagens. Segundo eles, a expedição ao Titanic ainda era considerada experimental e não havia ado por todos os testes necessários.
